Wilson Lima venceu em Manaus no 1º Turno. Obteve 512.458 votos (49,58%). Terminou empatado com Amazonino (33,73% a 32,74%), no Estado inteiro. Descontou o quase completo desconhecimento no interior, onde Amazonino foi o vencedor. É por isso que o 2º Turno se desenha com o governador trabalhando pesado em Manaus. E Wilson mergulhado no interior. Problema para Amazonino é que o interiorano adora uma novidade. Manaus, por outro lado, tradicionalmente, é oposicionista. O mais antigo político em atividade no Amazonas, em idade e mandatos, enfrenta um sentimento, o “novo”. O resultado da equação decide a eleição.
Ainda vira?
Amazonino precisa tirar pontos de Wilson Lima na capital e ampliar a vantagem sobre ele no interior. A tarefa é quase impossível. Wilson, segundo as pesquisas já divulgadas, chegou a abrir 30 pontos.
Custo x aposentadoria
Amazonino deve indagar se vale a pena investir na campanha, com a maré contrária, ou poupar para a iminente aposentadoria. Mas dá sinais de que ainda luta.
Prometer e não cumprir…
Prometer e não cumprir é pior do que mentir. Isso até já foi slogan de campanha. Prefeitos e ex-prefeitos do interior têm se queixado de que Amazonino, ou seus assessores, prometem e não cumprem. A estrutura interiorana da campanha governista, neste 2º Turno, depende disso.
3º Turno
Amazonino inaugurou, neste sábado (20/10), o 3º Turno da eleição 2018. Entrou com ações na Justiça Eleitoral alegando compra de votos no 1º e 2º Turnos. O ex-prefeito de Nhamundá Mário Paulaim e o traficante Diellison Wendel Alves Pinheiro, “o Didi”, são os personagens. Foi assim que Eduardo Braga, derrotado por José Melo em 2014, lutou até cassar o vencedor. Mas perdeu a eleição suplementar.
Arthur Virgílio e Wilson Lima
Toda a formação da imagem de Wilson Lima foi feita, diariamente, com críticas ao prefeito Arthur Virgílio. Agora, entre um Amazonino que prometeu e não cumpriu, e o crítico novato, Arthur preferiu Wilson.
Mosca azul
O tarimbado Amazonino foi mordido pela mosca azul do poder. Prometeu a Arthur, Omar Aziz e demais aliados contra Eduardo Braga, na eleição suplementar, que ficaria 14 meses e depois botava de novo o pijama. O poder, a ambição dos assessores mais próximos e os badulaques dos puxa-sacos mexeram com ele. O histórico de vitórias da máquina estadual, que não perde desde 1985, fez o resto. Amazonino podia se despedir em grande estilo. Cruzava os braços e avisava aos navegantes: “Se matem aí que agora sou magistrado e fiscal do melhor para o Amazonas”. Saía pela porta da frente. Pode sair pelos fundos, derrotado por um novato.
O raio no lugar certo
Wilson Lima ocupou um lugar que esta coluna, a partir da leitura de pesquisas, já havia apontado: o novo. Em 12 anos de Manaus, após curso técnico de rádio, é indiscutível milagre eleitoral. Como? Saem Nonato Oliveira, Lupércio Ramos, Wallace Souza, Henrique Oliveira, Marcos Rotta, Sabino Castelo Branco e outros, do horário nobre da TV popular, e Wilson fica sozinho na fita. Caiu um raio no lugar certo e eis que ele está a um passo da cadeira de governador do Amazonas.
Pará x Amazonas
O Pará nunca teve um governador amazonense. O Amazonas, depois de Eduardo Braga, pode ter o segundo, com Wilson Lima. Ambos, por coincidência, nascidos em Santarém.
Deixe um comentário