Coligação de Amazonino pede cassação de registro de Wilson Lima, no TRE

A assessoria jurídica do governador Amazonino Mendes (PDT), candidato à reeleição, entrou neste sábado (20/10) com representação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) com pedido de cassação do registro ou do diploma do candidato Wilson Lima (PDT) e seu vice, Carlos Almeida, por compra de votos, além de multa no patamar máximo.

A representação tem como base a denúncia de compra de voto no município de Nhamundá, ocorrida no primeiro turno da eleição, dia 7 deste mês, envolvendo o ex-prefeito da cidade, Mário Paulain. Ele foi preso em flagrante pela Polícia Civil dentro de um quarto da Pousada Tucunaré e, com ele, foram apreendidos dinheiro, material de campanha de vários candidatos, como de Wilson Lima  e de candidatos ao Senado e a deputados estaduais.

Os advogados de Amazonino também pediram à Justiça Eleitoral que requisite à autoridade policial de Nhamundá e ao juiz da comarca que informem os desdobramentos da prisão em flagrante de Paulain e que mande periciar o celular do ex-prefeito preso para averiguar mensagens enviadas e recebidas neste aparelho desde o registro da candidatura de Wilson Lima até o dia da eleição.

A coligação do candidato Wilson Lima (PSC) divulgou nota à imprensa afirmando que no material apreendido com Paulain havia, também, material de campanha de Amazonino Mendes.

 

Notícia-crime

Os advogados também entregaram ao presidente João Simões, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM),  a notícia-crime envolvendo a prisão de Diellison Wendel Alves Pinheiro, “o Didi”, acusado de comandar o tráfico de drogas em Codajás. Ele foi preso na sexta-feira (19/10) com a quantia de R$ 17 mil em espécie e duas armas.

Segundo os advogados, em depoimento aos policiais Diellison teria confessado que parte do dinheiro seria utilizada para comprar votos em favor de Wilson Lima, candidato ao Governo do Estado.

“Pedimos que o fato seja investigado pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, e pedimos que a própria Justiça Eleitoral pudesse tomar as medidas necessárias para coibir essas atitudes”, comentou o advogado Daniel Nogueira.

A prisão de “Didi” é fruto da operação “Navalha”, deflagrada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP). Além do suspeito, foi presa em flagrante a delegada do município, Alessandra Braga, e apreendidos os R$ 17 mil, duas armas, 2 motocicletas, uma picape e celulares.

Mais uma armação

A coligação “Transformação para um Novo Amazonas”, encabeçada pelo candidato ao governo, Wilson Lima (PSC), repudiou com veemência o que considera mais uma armação dos adversários, desta vez na tentativa de associar a campanha dele com criminosos, como o traficante preso em Codajás.

“Wilson Lima nunca manteve contato com o bandido apresentado e jamais enviou qualquer “emissário” para negociar compra de votos em seu nome. Mesmo porque o candidato líder nas pesquisas eleitorais, com mais de 30% de diferença do adversário conforme as últimas cinco pesquisas de intenções de votos não teria nenhum motivo para agir ilegalmente e respeita rigorosamente as regras eleitorais”, diz a nota.