Ex-deputado e empresário são presos durante a ‘Cashback’. Sabino também tem mandado

De acordo com a Polícia Federal, a “Operação Cashback” investiga a prática de crimes de peculato, lavagem de capitais e organização criminosa. Foto: David Batista/ PMS

O advogado Lino Chíxaro, ex-presidente da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) e ex-deputado estadual, e o empresário Sérgio Bringel, proprietário do Grupo Bringel, empresa que presta serviços hospitalares ao Governo, foram presos nesta quinta-feira (11), durante a Operação “Cashback”, deflagrada pela Polícia Federal.

A operação é um desdobramento da Maus Caminhos, que investiga desde 2016 fraudes e desvios de milhões em verbas públicas na Saúde.

Foragido

A PF cumpre 16 mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal. O irmão do senador Omar Aziz, Murad Aziz, é considerado foragido. Havia um mandado contra ele e o empresário não foi localizado nos endereços de busca.

O deputado federal licenciado Sabino Castelo Branco, que sofreu um AVC cerebral ano passado, também tem um mandado, mas em razão de seu quadro de saúde, não foi cumprido.

Crimes

De acordo com a Polícia Federal, a “Operação Cash Back” investiga a prática de crimes de peculato, lavagem de capitais e organização criminosa. Os delitos, segundo a PF, foram praticados por empresários que forneciam produtos e serviços à organização social (pessoa jurídica sem fins lucrativos – ONG) não alcançados na primeira fase da operação Maus Caminhos.

A PF apurou que, dentre as fraudes identificadas, o modus operandi utilizado pela organização criminosa para desviar recursos públicos consistia na realização de pagamentos superfaturados, em preço e/ou quantidade, com a posterior devolução de parte do valor pago. Por essa razão, o nome da operação faz alusão ao modelo de compras que devolve parte do dinheiro ao consumidor.

Fraude

Apenas em um dos contratos dessas empresas com o Amazonas, no valor de R$ 552 milhões, foi identificada fraude no valor de R$ 140 milhões.

As medidas, 16 mandados de prisão temporária e 40 mandados de busca e apreensão, além de mandados de bloqueios de contas e de sequestro de bens móveis e imóveis, foram expedidas pela Justiça Federal, após manifestação do Ministério Público Federal e cumpridas por 150 policiais federais.

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