Ladrões de Manaus usam furos deixados pela enchente na várzea do Careiro Castanho para se esconder

A várzea do Careiro Castanho, na região do Mamori, vem sofrendo de várias formas com a cheia recorde. A pior delas, sem dúvida, diz respeito à segurança.

Como o rio encheu muito e muito cedo, há vários meses que uma grande quantidade de furos está dando acesso ao local a partir de Manaus. Num motor 40 HP, uma canoa gasta, desde a Manaus Moderna, pouco mais de uma hora para chegar ao Mamori.

Infelizmente, esse acesso fácil traz consequências indesejáveis. Nas comunidades locais, já se registrou até estupro, coisa inimaginável até o ano passado. Bandidos se aproveitam das facilidades e da ingenuidade do ribeirinho para se esconderem da polícia. Ficam lá e vêm a Manaus apenas para cometer mais um crime.

Neste fim de semana, um recreio foi assaltado no local chamado Três Bocas. Um pouco antes, os bandidos abasteceram a canoa num flutuante e depois anunciaram o assalto. Fizeram a festa. Desde quando os furos deram passagem, vários motores foram furtados da popa de canoas no Paraná do Araçá. Até homicídio se registrou por lá. Porém, nada entrou nas estatísticas da Secretaria de Segurança, pois a informação não chega até aqui.

Enquanto a passagem para Manaus estiver aberta, em razão da cheia, a insegurança vai conviver com os ribeirinhos da várzea. Inexiste qualquer tipo de presença do Estado no quesito segurança. Até mesmo as TVs do Colégio 22 de Setembro, no ramal Espigão do Arara, foram furtadas, prejudicando as aulas, que são à distância.

Uma lástima. Simplesmente, na maior bacia hidrográfica do Mundo, inexiste qualquer forma de patrulhamento. A saída do local em direção a Manaus se dá pelo Paraná do Araçá. Poderiam montar uma barreira embaixo da ponte e resolver o problema da insegurança, porém, cadê a competência, o pessoal, os equipamentos, os investimentos? Para o Boi de Parintins tem dinheiro, para os ribeirinhos, que são objeto das toadas milionárias, nada.

Bastava isso, Marcos Santos, uma barreira embaixo da Ponte do Araçá, para abordar toda canoa que não fosse da região, de ida e de volta! Ia pegar droga, vários foragidos, carne de caça, madeira ilegal, peixe de pesca proibida…

Por favor, governador, mostre que o Senhor governa para todos e não apenas para quem lhe dá IBOPE. Ajude o ribeirinho, os irmãos da várzea do Careiro.

Pescador Anônimo e desesperado.

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